O ano de 2023 começa com novidades na área de tratamentos voltados ao sobrepeso e obesidade. A Anvisa aprovou no dia 2 de janeiro um medicamento, voltado ao controle dessas condições com administração semanal de injeções com a substância.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Dr. Paulo Miranda, a notícia é importante para a especialidade e endocrinologistas. “O trabalho do especialista é fundamental neste momento para a condução adequada do tratamento que conta, agora, com mais uma ferramenta extra”, comenta, segundo matéria publicada no site da SBEM.
Ainda segundo o posicionamento da SBEM, a entidade reforça que o tratamento medicamentoso da obesidade é parte deste acompanhamento, que deve incluir alimentação saudável, prática da atividade física, controle emocional, ida ao endocrinologista e exames quando necessários.
A médica endocrinologista da Humanitare e associada da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), Dra. Roberta Penhalbel Pinheiro, afirma que a medicação vem como uma ferramenta medicamentosa potente para auxiliar no tratamento da obesidade, mas alerta: “Como toda nova medicação ou, estudos que comprovam a indicação e eficácia de uma substância para outros tratamentos, como é o caso da semaglutida que já é prescrita para o tratamento do diabetes tipo 2, a sua indicação para tratamento do sobrepeso e obesidade só deve ser prescrita por um médico especialista. O seu uso indevido ou indiscriminado pode prejudicar a saúde do paciente”.
A SBEM reforça este alerta em seu site, que qualquer medicamento precisa de acompanhamento médico e só deve ser utilizada sob prescrição. Mas vê com a atenção necessária o uso deste medicamento, já que atualmente são cerca de 764 milhões de pessoas no mundo convivendo com a doença e é preciso cuidado com complicações.
Ainda não há uma data definida para que o medicamento chegue ao mercado. Mesmo com a aprovação pela Anvisa, é necessário aguardar a finalização de processos, como a definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
A substância é semelhante ao hormônio GLP-1, que é produzida naturalmente no intestino e que indica para o sistema nervoso a sensação de saciedade. Deste modo, a sua ação no organismo gera este efeito de saciedade, auxiliando no emagrecimento.
A aprovação da Anvisa foi baseada nos resultados do programa de ensaios clínicos STEP. Nele, os pacientes que utilizaram a semaglutida uma vez por semana conseguiram uma perda de peso corporal média de 17% em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo.
Além disso, segundo o ensaio clínico, um em cada três pacientes perdeu 20% do seu peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do medicamento contra 31,1% do grupo placebo.
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