Na segunda semana de janeiro, a cantora Preta Gil usou as redes sociais para falar sobre seu estado de saúde. Ela foi diagnosticada com câncer no intestino – Adenocarcinoma na porção final do intestino.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer) são, aproximadamente, 40 mil casos novos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres, sendo o terceiro mais incidente na população. Existe uma estimativa de que mantida essa tendência o número de casos aumente três vezes até 2030.
Ainda, de acordo com a Instituição, este câncer está fortemente associado aos hábitos de vida e seus principais fatores de risco são:
O consumo de CARNES PROCESSADAS (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Observa-se que a população está cada vez mais exposta aos fatores de risco e menos exposta aos fatores de proteção.
O COMBATE À OBESIDADE DEVE ANDAR JUNTO COM A PREVENÇÃO DO CÂNCER. O EXCESSO DE PESO É FATOR DE RISCO PARA DIVERSOS TIPOS DE CÂNCER, pelo menos 13 vezes maior! Como Endocrinologista, lembro que a especialidade trata variadas doenças de diversos órgãos distintos, sendo a obesidade uma delas.
Referente ao câncer de intestino, emagrecer previne lesões intestinais que podem ser pré-malignas. Quem tem sobrepeso ou obesidade, ao emagrecer, diminui o risco de desenvolver pólipos intestinais. Geralmente os pólipos são benignos, o problema é que, com o tempo, são capazes de se tornar malignos.
Já o ganho de três ou mais quilos em cinco anos seria capaz de aumentar até 50% no risco de surgimento de um pólipo, segundo estudo da Universidade de Maryland, Estados Unidos, que envolveu mulheres e homens americanos entre 55 e 74 anos.
O tratamento do sobrepeso e da obesidade envolve medicação que deve ser prescrita e orientada por um profissional habilitado para tal, mas também o estímulo a um estilo de vida saudável, o quanto antes adquirido, melhor.
QUANDO O JOVEM ADULTO, por volta dos 20 anos, MELHORA A DIETA, ELE PODE VIVER UNS 10 ANOS A MAIS - isso envolve a troca de uma dieta ocidental típica, repleta de gordura, açúcar, sódio e ultraprocessados, por um padrão alimentar com muito mais verduras, frutas, legumes e grãos integrais e com menos carnes vermelhas no prato.
Foi isso que mostrou o estudo da Universidade de Bergen, na Noruega. Se liga na informação:
POR AÍ VAI!!!
E aí? O que você acha? A Endocrinologia tem relação ou não com o Câncer de Intestino?
Fontes:
Abeso – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
INCA – Instituto Nacional de Câncer
Referências dos artigos:
DOI: 10.1093/jncics/pkab098
DOI: 10.1371/jornal.pmed.1003889
Artigo escrito pela médica endocrinologista da Clínica Humanitare, Dra. Roberta Penhalbel Pinheiro (CRM 126383/ RQE 53788)
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